Como a Música Influencia o Cérebro?

 Batidas Binaurais: A Ciência por Trás da Harmonização do Cérebro


A música tem sido um elemento poderoso e enriquecedor na vida das pessoas ao redor do mundo, tanto psicologicamente quanto fisiologicamente. Ela tem o poder de tocar as profundezas da mente humana de maneiras surpreendentes, e agora, estudos científicos estão revelando como a música pode ser uma ferramenta para superar desafios como deficiências respiratórias, problemas de fala e até mesmo as complexidades do autismo.


Além de seu impacto individual, a música tem a capacidade de funcionar como um estimulante que quebra o entorpecimento, reenergizando as pessoas para enfrentarem suas atividades com mais vigor. Muitos de nós experimentamos o prazer de ouvir música e como ela pode aliviar dores e desconfortos. Mas o que torna uma música relaxante ou revitalizante? Essa é uma questão significativa que tem intrigado pesquisadores.


Para compreender o efeito da música no cérebro humano, é crucial entender o caminho percorrido pelo som desde sua origem até seu destino final no cérebro. Isso envolve uma série de atividades físicas e químicas complexas. Para começar, é fundamental conhecer o papel desempenhado pelo cérebro e pelos nervos auditivos nesse processo.


Segundo o estudo, o cérebro humano é uma maravilha complexa que abriga centenas de neurotransmissores, mensageiros químicos que facilitam a comunicação entre as células cerebrais, conhecidas como neurônios. Esses neurotransmissores desempenham um papel crucial em nossa saúde mental e física, afetando nosso humor, ansiedade, sono, frequência cardíaca e muito mais. Existem dois tipos principais de neurotransmissores: os excitatórios, que estimulam o cérebro, e os inibitórios, que acalmam o cérebro e ajudam a equilibrar as emoções.


Dois neurotransmissores em particular, a serotonina e a dopamina, têm um impacto significativo nas emoções e no humor das pessoas. A serotonina, um neurotransmissor inibitório, é essencial para manter um humor estável e equilibrar a atividade de neurotransmissores excitatórios no cérebro. Baixos níveis de serotonina estão associados a insônia, sentimentos de vazio emocional e até mesmo paranoia.


Por outro lado, a dopamina desempenha um papel duplo, sendo considerada excitatória e inibitória. É responsável pelos sentimentos de amor, alegria, prazer, recompensa e motivação. A falta de dopamina no cérebro pode resultar em baixa energia, depressão e falta de motivação.


Para os cientistas a conexão entre a música e o cérebro reside na capacidade da música de influenciar as ondas cerebrais. As ondas cerebrais são produzidas por pulsos elétricos sincronizados entre grupos de neurônios, e diferentes estados mentais estão associados a diferentes frequências de ondas cerebrais. Por exemplo, as ondas alfa estão relacionadas ao estado de repouso do cérebro, enquanto as ondas beta estão associadas ao estado consciente e à atividade mental focada .


Uma teoria intrigante sugere que a música pode alterar as frequências das ondas cerebrais. Se alguém deseja reduzir suas ondas cerebrais de um estado de hiperatividade (ondas beta) para um estado mais calmo (ondas alfa ou teta), isso pode ser alcançado através das batidas binaurais. Este conceito envolve a reprodução de música em que frequências ligeiramente diferentes são apresentadas a cada orelha por meio de fones de ouvido. A diferença entre essas frequências corresponde ao nível desejado de ondas cerebrais alfa ou teta. Essas frequências alcançarão o cérebro e podem efetivamente reduzir as ondas beta existentes para o estado desejado.


Essa abordagem tem o potencial de ser usada no tratamento de problemas psicológicos, como hiperatividade e ansiedade, ao acalmar as ondas cerebrais hiperativas. Da mesma forma, pode ser aplicada para lidar com distúrbios como a depressão, quando o equilíbrio das ondas cerebrais é fundamental.

A Música Influencia o Cérebro, diz Estudo
imagem ilustrativa

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Em resumo, a ciência está desvendando o elo profundo entre a música e o cérebro humano, mostrando como a música pode afetar nossas emoções, neurotransmissores e até mesmo nossas ondas cerebrais. À medida que continuamos a explorar essas conexões, a música pode se tornar uma ferramenta cada vez mais valiosa para promover o bem-estar mental e emocional das pessoas.

Fonte

https://irispublishers.com/oajaa/pdf/OAJAA.MS.ID.000554.pdf


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Ronaldo Silva: Professor e Especialista em Ensino de Ciências, pela UFF/RJ, com mais de 25 anos de experiência no magistério.

 
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